domingo, 18 de dezembro de 2011

Broken fears


De novo, aquela sensação de queimação no peito.
Aquela (maldita) sensação de estar em queda livre,
sem saber quando finalmente chegarei ao chão.
E qual será o impacto da queda.
A que altura estou? A que velocidade?
E se o pára-quedas não abrir?
Vai ter algo pra me amortecer quando eu chegar ao limite?
Se eu quebrar algo?
Vou conseguir me reerguer?
Em quanto tempo?

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pequeno desabafo sobre distúrbios interiores de uma quase-mulher de 18 anos



Aquele momento em que tudo que você quer é sair correndo e se atirar nos braços da pessoa que você ama, e ficar ali. Porque só ele consegue te dar a certeza de que tudo vai ficar bem.
Mas você sabe que essa relação é algo insano, e aquela parte do seu cérebro responsável pela razão, te diz: "Não faz isso, ele não merece... tenta esquecer, você consegue...”
Mesmo você estando cansada de tantos jogos,  procura em outros rostos  aquele sorriso, aquela voz. Tenta ao máximo desviar sua atenção,  procura por sons, cores, pessoas, movimento. Só que tem uma hora que a música acaba, as cores se apagam, as pessoas vão embora. E você se dá conta de que está queimando por dentro, queima. E dói, dói muito.  Chorar? Choraria até minhas lágrimas secarem e talvez não fosse suficiente. Seu coração diz:
 "Deixa de ser boba, vai atrás!" - E sua razão responde: 
"Lembra o que aconteceu? Tudo vai ser igual, como nas tantas outras vezes."
 Sente vontade de gritar, mas a voz se calou. Quer chorar, mas lágrimas já não há; tenta sorrir, mas a face está muito cansada. Cansada de mascarar o coração, que está trincado, quebrado, remendado. A sensação que  você tem é de que o mundo todo está sob seus ombros, então, você desaba. E fica ali, e percebe que ninguém mais te ajuda a levantar.Ele não está ali. Bate o desespero. Até que, num surto de vida, em tentativas desesperadas de sobreviver, você começa a arrancar todos os curativos que há no seu coração, arranca a pele queimada, a raspa carne podre. O que dói mais? As queimaduras, ou o processo para deixá-las cicatrizar? Realmente não sei. 
Mas é um processo necessário, uma dor precisa. E aos poucos, você cicatriza. As memórias já não estão tão vivas, a saudade já não é tanta, aos poucos você esquece como é tê-lo ao seu lado. Você o odeia, quer que ele morra, mas se preocupa, quer que ele esteja bem. E o sentimento que já passou por amor e ódio, vira desprezo. 
Até que um dia, ele volta. E você percebe que realmente cicatrizou, quando ele passa por você e não te traz mais nenhum sentimento. Acabou.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Necessidades



Eu quero um amor que me tire o sono, que me ponha pra dormir.
Alguém que compartilhe comigo cada momento, cada descoberta. Que converse comigo até de madrugada, que me faça rir até chorar, que tenha paciência de assistir meus desenhos animados favoritos 12345678 milhões de vezes comigo, e dê risada. Que me ligue só pra dizer que me ama, que me abrace de  uma forma envolvente, que me chame por apelidos que só eu entenda, que diga o que eu preciso ouvir, ainda que o que eu precise seja apenas o silêncio. Que me ofereça  um ombro onde descansar. Que acorde cedo para ver o sol nascer na praia, e que se admire com cada novo luar. Que esteja ali quando eu preciso muito, ou nem tanto, do meu lado. Que segure minha mão quando eu sentir medo, que cante bem alto comigo minha música favorita, que me surpreenda, que divida a pipoca comigo na hora do filme,que fale besteirinhas no pé do meu ouvido, que durma me abraçando; e que participe das minhas horas de ócio aos sábados de manhã. Que esteja presente, mesmo quando distante, e que eu possa chamar de meu. =3